sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Descobertas duas novas mutações genéticas que ocorrem em 71 por cento dos melanomas


Cientistas descobriram duas novas mutações genéticas que ocorrem em 71 por cento dos tumores de melanoma maligno, um agressivo e mortal cancro da pele, indica um estudo.

As mutações, detetadas numa parte do genoma que controla os genes, ocorrem nos tumores de grande número de pessoas e poderão ser as mais frequentes nos melanomas descobertos até agora.
A descoberta, objeto de dois estudos divulgados na quinta-feira na edição digital da revista norte-americana Science, poderá ajudar a compreender melhor como se desenvolve o melanoma e talvez outros cancros.
Trata-se da primeira vez que mutações relacionadas com o cancro são descobertas naquela vasta zona do ADN de células cancerosas.
A região é designada de "matéria negra" do genoma, numa referência à matéria negra que forma uma grande parte do Universo, mas que é pouco conhecida.
Nas últimas décadas foram identificadas numerosas mutações presentes nos cancros, mas todas elas se encontravam noutras zonas, as dos genes responsáveis pela produção de proteínas, precisam os investigadores.
"Esta descoberta representa uma primeira incursão na `matéria negra` do genoma do cancro", sublinhou o doutor Levi Garraway, do Dana Farber Cancer Institute em Boston, o principal autor de um dos estudos.
Garraway assinalou tratar-se "da descoberta das duas mutações mais frequentes no melanoma", adiantando que tal "pode levar a que se descubram tratamentos preventivos visando aquelas mutações".
Os investigadores indicaram ainda que as mesmas mutações estarão presentes em células do cancro do fígado e da bexiga.
Nos estudos participaram também investigadores do Broad Institute de Harvard e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).

Por: Ana Beatriz

Nenhum comentário:

Postar um comentário